sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

PROJECÇÃO ASTRAL - CURSO PRÁTICO - LIÇÃO Nº. 2

PROJECÇÃO ASTRAL II - A TÉCNICA DO SALTINHO

Na lição nº 1 vimos o que é o fenómeno da projecção astral, falamos um pouco sobre os sonhos, sobre o mundo astral e também como ter lembranças mais intensas das nossas experiências astrais.
Continuando o nosso estudo sobre projecção astral, aprenderemos nesta lição uma técnica para despertar a consciência no mundo astral, isto é, quando estivermos a dormir e a sonhar, despertarmos do sonho e darmos conta que estamos no mundo astral, e a partir disso, fazermos as nossas primeiras experiências conscientes em astral.
A técnica que aprenderemos é a “técnica do saltinho”, uma forma simples e eficiente para despertar a consciência no astral.
Despertar a consciência já estando em astral, é chamado por muitos de sonho lúcido, que aliás, consideram projecção astral apenas quando alguém sai em astral do corpo físico conscientemente.
Para nós, no entanto, isso não faz nenhuma diferença, pois o que importa é estar consciente no astral, não importando se saiu consciente do corpo ou se despertou a consciência quando já se estava em astral.
A técnica do saltinho é na verdade uma disciplina que incorporamos no nosso dia a dia, e é a seguinte:
No nosso dia a dia devemos estar atentos a tudo o que nos rodeia, pessoas, objectos, lugares, etc.
No mundo astral existem muitas coisas e fenómenos que não existem no mundo físico, como objectos que voam, seres estranhos, criaturas desconhecidas e uma infinidade de outras coisas.
Então no nosso dia a dia quando vemos algo que nos pareça um pouco estranho ou diferente (uma pessoa com roupa extravagante, uma construção diferente, um objecto incomum, enfim qualquer coisa ou situação que seja um pouco diferente) devemo-nos questionar “Agora, estou no mundo físico ou no astral?”, e então dar um pequeno “salto” com a intenção de flutuar.
Se não flutuar é óbvio que estará no físico, mas se flutuar significa que até àquele momento estava sonhando e que agora está consciente no mundo astral.
Quanto mais vezes fizer isto durante o dia melhor, pois será mais fácil de despertar no astral, porque quando se acostumar a esta disciplina aqui no mundo físico, quando observar no astral alguma das muitas coisas estranhas que lá existem, fará a mesma coisa, isto é, irá questionar-se, dar um saltinho e flutuar, e então ficará consciente no astral.
O ideal é sempre dar o saltinho, mas podem ocorrer situações em que isto não seja possível, por exemplo no local de trabalho, perto de outras pessoas, etc.
Nestas situações, após vermos algo que achamos um pouco estranho e questionarmo-nos se estamos no físico ou no astral, podemos fazer outra coisa, em vez de dar o saltinho, puxar um dedo da mão com a intenção de esticá-lo. Isto também funciona porque quando puxarmos o dedo no astral ele realmente esticará como se fosse de borracha e então damos conta de que estamos no astral.
Um detalhe importante sobre esta técnica é fazê-la realmente duvidando se estamos no físico ou no astral, até porque só teremos a certeza disso quando dermos o saltinho ou puxarmos o dedo.
Afinal quem nos garante que agora mesmo, você não está apenas a sonhar que está lendo este texto?
Se não der o saltinho ou puxar o dedo para comprovar, pode ser que você acorde daqui a pouco e lamente não ter usado a técnica para despertar no astral.
E quando despertarmos no astral, o que faremos ou para onde iremos?
É claro que temos um objectivo definido para praticarmos estas técnicas de projecção astral: descobrir o que está oculto sobre nós mesmos e sobre muitos outros mistérios.
No entanto ainda estamos “a aprender a andar” neste assunto de projecção astral e por agora faremos apenas algumas experiências.
Estando consciente em astral você pode experimentar saltar muito alto ou mesmo tentar voar. Pode também tentar atravessar paredes e ver o que acontece.
Veremos noutras lições um objectivo muito mais importante para a projecção astral do que as experiências acima sugeridas.
Abaixo transcrevemos um trecho do livro “Sim há inferno, sim há diabo, sim há carma”, escrito pelo V.M Samael Aun Weor, que ilustra bem o tema desta lição:
“Uma noite de tantas, entrava pelas portas de uma maravilhosa mansão. Silencioso, atravessei um formoso jardim até chegar a uma faustosa sala. Movido por um impulso interior, passei um pouco mais além e penetrei ousadamente num escritório de advogado.
Ante o bufete encontrei sentada uma senhora de estatura regular, rosto pálido, lábios delgados e nariz romano. Era uma senhora de aparência respeitável e estatura mediana. Seu corpo não era muito delgado, porém, tampouco demasiado gordo. Seu olhar parecia melancólico e sereno.
Com voz doce e agradável, a senhora convidou-me a sentar em frente à escrivaninha.
Em instantes, algo insólito acontece: Vejo, sobre a escrivaninha, duas borboletas de vidro que tinham vida própria, moviam as suas asas, respiravam, olhavam, etc., etc. O caso, parecia-me demasiado exótico e raro. Duas borboletas de vidro e com vida própria?
Acostumado como estava a dividir a atenção em três partes, primeiro: não me esqueci de mim mesmo; segundo: não me identifiquei com aquelas borboletas de vidro; terceiro: observei cuidadosamente o lugar.
Ao contemplar tais animais de vidro, disse a mim mesmo: Isto não pode ser um fenómeno do mundo físico, porque no mundo físico nunca conheci borboletas de vidro com vida própria. Inquestionavelmente, isto pode ser um fenómeno do mundo astral.
Olhei logo ao meu redor e fiz as seguintes perguntas: Por que estou neste lugar? Por que vim aqui? Que estou a fazer aqui?
Dirigindo-me logo à senhora, disse-lhe: Senhora, permita-me ir por um momento ao jardim que logo regressarei.
A senhora assentiu com um movimento de cabeça e eu abandonei, por um instante, aquele escritório.
Já fora, no jardim, dei um saltinho alongado com a intenção de flutuar no ambiente circundante. Grande foi o meu assombro quando verifiquei, por mim mesmo, que realmente achava-me fora do corpo físico.
Então compreendi que estava em astral.
Neste momento recordei de que havia muito tempo, várias horas, que tinha abandonado o meu corpo físico e que este, inquestionavelmente, se encontrava agora a repousar em seu leito.
Feita a singular comprovação, regressei ao escritório, onde a senhora me aguardava. Então quis convencê-la de que estava fora do corpo físico: Senhora, disse-lhe, a senhora e eu estamos fora do corpo físico. Quero que recorde que já pasaram umas quantas horas que se deitou fora do seu corpo físico, pois como é sabido, quando o corpo dorme, a Consciência, a Essência, desafortunadamente metida entre o ego, anda fora do veículo corpóreo.
Ditas estas palavras, a senhora olhou-me com olhos de sonâmbula, não me entendeu. Eu compreendi que aquela senhora tinha a Consciência adormecida... Não querendo insistir mais, despedi-me dela e abandonei o lugar.
Depois dirigi-me para a Califórnia, com o propósito de realizar certas investigações importantes.
No caminho encontrei um desencarnado que em vida havia sido carregador de fardos pesados nos mercados públicos.
O infeliz, levando sobre as suas costas um enorme fardo, parecia sofrer o indizível... Acercando-me do defunto, disse-lhe:
Amigo meu, que se passa? Por que leva o senhor sobre as suas doloridas costas este fardo tão pesado? O desditado, olhando-me com olhos de sonâmbulo, respondeu-me: Estou a trabalhar.
Porém senhor, insisti, você já morreu há muito tempo. Esta carga que leva sobre as suas costas não é mais que uma forma mental. Abandone isso!
Tudo foi inútil. Aquele pobre morto não me entendeu; tinha a sua Consciência demasiado adormecida.
Querendo auxiliá-lo, flutuei em seu redor no meio ambiente circundante, com o propósito de alarmá-lo, de fazê-lo entender que algo raro estava a acontecer na sua existência, de fazê-lo saber, de alguma forma, que estava morto, mas tudo foi inútil.
Posteriormente, feitas as investigações de rigor, regressei ao meu veículo físico, que jazia adormecido no leito.”

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